29 de agosto de 2008

True Love Will Never Fade

1 Semana...

Faz hoje uma semana...

A ideia de que tudo é um pesadelo continua, teimosamente, a prevalecer...

Mas a dor... a dor da realidade...
E os porquês... aumentam, aumentam.
Não há lugar para a fantasia... Apenas a realidade...

Uma semana...

28 de agosto de 2008

Erguer!!

De volta (só agora) ao escritório, e após uma conversa dolorosa com o meu marido e um grande amigo de infância do Rui, cheguei a uma conclusão inevitável...
Estou a sofrer: é verdade! Mas, a partir deste momento, vou tentar abstrair-me um pouco das mazelas interiores... Sem mencionar a familia do Rui, tenho, perto de mim, pessoas que estão a sofrer muito mais do que eu! Precisam de mim! Pois bem: erguer, limpar armas, e dar o meu carinho e a minha atenção a quem dela neste momento tanto necessita.
Ainda é um pouco cedo... Ainda ando a lamber as minhas feridas, MAS, vou lambê-las escondida e dar todo o meu apoio a quem está bem mais ferido do que eu... E, obviamente, não vou deixar margens para a fraqueza! Tenho que ser forte! Só com força irei conseguir amparar a dor dos mais queridos, nunca esquecendo de que o Rui queria ver todos sempre a sorrir... Sorrir era uma das regras base da vida dele.
Vou sorrir e ajudar a sorrir!

27 de agosto de 2008

Até Sempre...

Terminou...
Ontem tudo acabou com a esperança de que os últimos dias não passassem apenas de um pesadelo.
A dor é muito grande.

Não imaginava viver o turbilhão de emoções que me assolam a alma desde o momento em que recebi a noticia de que tinhas partido...
É mau demais!
Uma mistura confusa de sentimentos: aceitação, indignação, dor, admiração, amizade...
Ainda não encontrei forma de conseguir entender o que estou a sentir. Este aperto no peito que teima em não sair...

Vais viver, sempre, no meu coração! Como menino querido e especial que eras.

E eras assim com e para todos. Sente-se a presença da tua amizade e, também, da saudade que deixas em tantos olhares...inundados de lágrimas e carregados de angústia.
Citando palavras da emocionante despedida do teu irmão, "eras um homem com um h grande, muito grande, daqueles dificeis de encontrar".

Não eras! Vais continuar a ser! Sempre!

Até sempre meu querido Amigo!

26 de agosto de 2008

A Espera...

Apesar do dito popular de que "saber esperar é uma virtude", os últimos dias, estas últimas horas são de um verdadeiro massacre interior...
A realidade já sei qual é: partiste...
Apesar de ter a consciência de ser a última vez em que te vejo fisicamente, a espera pelo momento final parece interminável...
Não tem sido nada fácil imaginar como te sentirias, e, pior, não ter havido um único sinal perceptivel de que nessecitavas da ajuda de todos nós...
Ao levares a cabo a tua intenção, porque não falhaste??? Iamos estar todos aqui para te agarrarmos... Não deixaste margem para falhas... É impossivel não chorar, não sentir um arrepio de cada vez que recordo o teu sorriso contagiante... Estavas sempre de bem com a Vida... como poderia alguém ter percebido...???

24 de agosto de 2008

Rui Roda


18-10-1977 - 22-08-2008

Quase parece impossível....
O Rui partiu...
Na sexta-feira, ao final da tarde, fomos confrontados com a partida de mais um grande Amigo... Ainda ninguém acredita.... Não é fácil acreditarmos!!! Como pode amigo tão especial, tão querido por todos, partir desta forma???!!!
Partiste de uma forma tão violenta... Poderá existir uma forma de entendermos?....
Meu querido amigo, irás estar sempre no coração de todos nós...
Eras um menino muito especial para mim...
Ainda não existem palavras para escrever ou descrever o que se está a passar neste momento de tristeza, revolta, frustração, .....
PORQUÊ????!!!!!!
("porquê" será sempre um eco na cabeça e coração de todos os que te amavam....)

21 de agosto de 2008

Murmúrio



"Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.

Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.

Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!"

Cecília Meireles

14 de agosto de 2008

Duarte Vieira


12-04-1973 - 02-08-2008


Após onze longos dias de espera, acompanhámos, ontem, o Duarte àquela que será a sua última morada.
A tristeza, o pesar, o inconformismo eram nitidos nos rostos das centenas e centenas de amigos, que, em conjunto com os familiares, se despediam de alguém muito querido.
Sendo impossivel considerar que uma cerimónia fúnebre possa ser bonita, atrevo-me a dizer que foi das cerimónias de despedida mais emotivas que até hoje vivi... A celebração da missa, a despedida proferida pelo padre e amigo, a música dedicada por um dos grupos de amigos, o silêncio no percurso para o cemitério, os rituais efectuados por um outro grupo de amigos aquando do sepultamento........ Tudo repleto de uma carga emotiva indescritivel.... Mostra o quanto és amado por todos, Duarte!
Uma perda irreparavel para muitos.... 35 anos, apenas... Um Homem activo, que participava e vivia tudo o que a vida lhe oferecia gota por gota... Duarte encontrava-se de férias com a esposa e o único filho de sete anos na República Dominicana há apenas dois dias, quando foi vitima de um enfarte do miocárdio, tendo morte imediata. Não teve uma segunda chance....
Uma esposa, um filho, uma mãe....., uma familia, muitos amigos... Todos te choram.


Até Sempre Duarte

13 de agosto de 2008

Tormentas....




"O ÚNICO TIRANO QUE ACEITO NESTE MUNDO É A PEQUENA VOZ SILENCIOSA QUE HÁ DENTRO DE MIM"
Gandhi

11 de agosto de 2008

E Por Vezes as Noites Duram Meses...

"E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes

encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes

ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos

E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos."

David Mourão Ferreira