
"Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena..."
Alberto Caeiro
1 comentário:
Olá minha querida,
Ontem passei pelo outro blog
Hoje venho maravilhar-me com este poema de Alberto Caeiro. Lindíssimo e tão verdade, a comunhão com a natureza e a partilha é fundamental.
Pobre daquele que apenas "atravessa a vida".
Beijinhos
Tia Branca
Beijinho grande para ti,
Branca
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